Entrevista-Josy Stoque -Por Luana Oliveira

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Entrevista-Josy Stoque -Por Luana Oliveira


Pela primeira vez trago ao meu blog essa linda autora de romances contemporâneos e dona de muito talento que tive o prazer de conhecer no início deste ano. Josy Stoque. Confira.


Primeiramente gostaria de perguntar quem é Josy Stoque e quais seus hobbies favoritos?
Sou sonhadora, pisciana e apaixonada por gatos. Meus hobbies são ler, escrever, maratonar séries e assistir filmes, principalmente de heróis.

Você é formada em publicidade e chegou a exercer a função durante 10 anos. Como foi para você quando percebeu que queria ser escritora? E o que te levou a mudar de profissão?
Eu sempre quis ser escritora, mas tinha aquela ideia de que não havia possibilidade de renda através da arte. Realmente, a jornada de um escritor profissional no Brasil é árdua e longa, porém, tudo mudou quando a Amazon veio para o Brasil e eu comecei a receber “salário” mensal sobre minhas vendas online. Mesmo assim, mantive as duas profissões por um tempo, até que pude me dedicar inteiramente ao que eu realmente nasci para ser: escritora.

Quais seus autores favoritos e algum deles te inspiram?
Acho difícil escolher alguns. Todos alimentaram meus sonhos de alguma forma e foram importantes na minha jornada pessoal. Vou citar alguns grandes nomes: José de Alencar, Machado de Assis, Sidney Sheldon, Agatha Christie, Danielle Steel, Stephenie Meyer.

 Tem algum livro que você leu que marcou sua vida?
Muitos (risos). Não saberia escolher algum.

 Fora seus livros, qual livro indicaria a seus leitores?
Chuta que é Carma, da Vanessa Bosso; Princesa da Lapa, de Danilo Barbosa; O Safado do 105, da Mila Wander; O Pássaro, da Samanta Holtz; Quando a Noite Cai, Carina Rissi; Um Doce de Confeiteiro, Janaina Rico; Pecadora, Nana Pauvolih.

Quanto tempo demora para escrever um livro e como separa tempo para cuidar de outras coisas em sua vida?
Cada livro leva seu próprio tempo para ser escrito, portanto, já escrevi um livro em três semanas, e outro em um ano e meio. Minha média são dois livros por ano. Minha prioridade é a escrita, mas, divido meu tempo diário com as divulgações das obras já lançadas e em responder aos comentários e perguntas dos leitores.

De onde surgem as ideias para escrever um livro?
Da vida, da observação, de conversas, passeios, filmes, séries, livros, etc...

Você gosta de escrever em silêncio absoluto ou prefere ouvir música enquanto trabalha?
Depende do dia, do meu humor, da minha concentração, da cena e do livro.

Está cada vez mais difícil publicar um livro, um dos principais motivos é o financeiro. Qual foi a maior dificuldade em ter seu primeiro livro publicado. Como foi para você essa experiência?
Na verdade, está cada vez mais fácil publicar um livro de forma independente, seja pelas plataformas Wattpad e Amazon, ou através de gráficas. O que ainda é difícil é ser selecionado por editoras, mas isso tem acontecido com cada vez mais frequência. Quando comecei, em 2010, ainda não havia essas facilidades e as editoras definitivamente não abriam as portas para autores iniciantes e desconhecidos. Tive que investir do meu bolso para que uma editora por demanda publicasse o livro, porém, não havia distribuição, outra trava para o avanço dos livros nacionais nas livrarias. Publicar um livro é como abrir uma empresa: você investe primeiro para depois ter lucro. Felizmente, em 2013, com a chegada da Amazon ao Brasil, comecei a receber retorno financeiro bem maior e constante, a ponto de, em 2014, deixar a profissão de publicitária e me dedicar cem por cento à carreira de escritora.

Enquanto escreve você costuma compartilhar um pouco da história para pedir conselhos?
Tenho leitores betas que acompanham a escrita capítulo por capítulo e me ajudam a ter um retorno sobre a obra antes de publicar.

Quando iniciou como escritora já começou com esse gênero literário ou escrevia outro tipo de literatura?
Eu escrevo literatura contemporânea. Comecei com romance de fantasia, depois parti para o erótico, mas ainda me dediquei a um conto de fadas com mitologia, ou seja, outro livro fantástico. Em seguida escrevi uma trilogia erótica, duas comédias românticas picantes, um drama erótico, a coleção de romances eróticos-policiais e um histórico erótico. Eu escrevo o que tenho vontade, não me prendendo a nada. Mas como eu gosto de escrever cenas sexuais, e meus leitores aprovam, me tornei conhecida pelo gênero erótico.

Como autora de livros eróticos, como você vê a mudança nesse segmento, você acha que as pessoas passaram a aceitar mais?
Já faz tempo! Desde o boom da trilogia 50 Tons de Cinza, em 2012, as leitoras passaram a se sentir menos inibidas com literatura erótica, que sempre existiu, desde os romances de banca, como Sabrina e Júlia. Hoje o gênero figura entre os romances mais vendidos do país, quiçá do mundo.

De onde vêm os personagens de suas obras? De alguma forma se relaciona com alguém que conhece?
Tudo que eu escrevo eu já vi, pois é literatura contemporânea. Se não vi, imaginei. Mas acredito que tudo faz parte da experiência vivida.

Você se identifica com as personagens de suas obras que são sempre personagens femininas com personalidades fortes e marcantes?
Totalmente, por isso escrevo personagens femininas independentes. E ainda aproveito para levar um tipo de heroína nova para minhas leitoras, para que elas descubram que podem ser donas de suas próprias vidas, sem ter que esperar por um príncipe para resolvê-la. Vamos à luta, mulherada!

Qual a mensagem você busca passar através de suas obras?
Esperança, amor, família, autoconhecimento e superação.

Qual a sensação de ir a uma loja e encontrar um livro seu à venda?
É maravilhosa! Espero um dia ver todos nas prateleiras das livrarias!

Qual foi sua reação quando recebeu o convite da revista Nova Cosmopolitan para um depoimento sobre sua carreira como escritora de livros eróticos?
Foi incrível! Ainda mais porque o depoimento, com foco na minha carreira, também teve box com as autoras internacionais mais badaladas do momento, de quem sou fã.

Das obras que escreveu, tem alguma favorita?
Não (risos). Seria o mesmo que você pedisse a uma mãe que escolhesse seu filho favorito.

Quais dos seus livros tem maior sucesso?
A trilogia Puro Êxtase, que fala da superação de uma mulher após o divórcio, e seu recomeço e busca pela felicidade.

Em algum momento já passou em sua mente mudar o gênero literário que você escreve?
Como eu disse na pergunta anterior, eu escrevo o que tenho vontade. Tenho na lista de próximos escritos até mesmo uma distopia.

Você consegue lidar bem com as críticas?
Sim, críticas são aprendizados essenciais.

Sobre as suas conquistas, o que mais te faz feliz?
Poder me dedicar totalmente à carreira.

Para encerrar deixa uma dica para quem ainda está em início de carreira com escritor.
Leia muito, escreva mais ainda e não se canse de revisar. Seja autocrítico, profissional e estude bastante para oferecer o melhor de você aos seus leitores.

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